terça-feira, 6 de outubro de 2009

Consumismo responsável existe?


Nas primeiras vezes que vi a oferta do meu curso no site da Cattolica, me senti atraída pelo título: Comunicaçao para as Indústrias Culturais. Me lembrei das aulas da faculdade de jornalismo, em que tanto criticávamos tal indústria e pensei que poderia ser um tema interessante para se estudar. Mas bastou clicar sobre a sinopse do curso para descobrir que podia se tratar de um mestrado totalmente voltado ao mundo fashion e, consequentemente, ao consumismo. Ou seja, nada de pensar em me formar e trabalhar salvando o mundo do consumismo feito de maneira desenfreada e irresponsável através da conscientizaçao. As chances de me aliar a ele seriam muito maiores. E, convenhamos que, na capital mundial da moda, eu vim parar bem no olho do furacão! Inocência a minha em pensar que poderia ser diferente!

A minha sorte é que, em meio a um universo de ostentação entre marcas de roupas e de carros que eu absurdamente jamais havia ouvido falar, ainda hà espaço para professores não corrompidos pelo sistema, que ainda conseguem manter uma visão critica sobre o assunto. Mais sorte ainda é eu ter vindo parar aqui justamente no momento em que o assunto de maior destaque em Milão é a moda responsável, o que indica que as coisas podem estar começando a mudar.

Assim, durante o curso, pude visualizar os dois lados da mesma moeda: a moda como instrumento fundamental para a economia, o turismo, a geração de emprego e renda. Sendo ditadora de tendências que mudam a cada estação, provocando a substituição de peças de roupa, de aparelhos eletrônicos e de objetos de decoração e fazendo com o que os indivíduos estejam sempre trabalhando para consumir cada vez mais. E a moda como alternativa de trabalho em comunidades e países subdesenvolvidos. Essa nova tendência, a moda crìtica ou moda responsável, tem apresentado propostas mais que interessantes para o consumo responsável, aproveitamento de mão-de-obra e matéria-prima local, valorização do artesanato e preservação do meio ambiente, enfim, tudo aquilo que me leva a crer que ainda pode haver esperança nesse mundinho fashion.

Bom, no blog do Gabriel Ruiz vi o vìdeo que inspirou o post e ajudou a colocar pra fora o que jà estava entalado na garganta hà um bom tempo. Assistam e me digam, por favor, se ele ajudou a refletir sobre alternativas mais conscientes de se manter o estilo:




4 comentários:

  1. Acho importante a conscientização.
    Com o avanço da moda por aqui, tornou-se interessante o consumo.
    Depois, com a crise americana, reflexo mundial, passou a ser interessante o consumo mais consciente.
    Agora, o que era simples demais, a customização e os second hands começaram a ser mais valorizados.
    É super inmportante isso.
    Beijo!

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  2. Bom, acho que estou no meio disso tudo, meio em cima do muro.
    Existe um problema grande também no consumismo exagerado que não foi mencionado aqui que é a produção exorbitante de lixo.
    Produzimos cada vez mais lixo, poruqe o que nos serve hoje, já não nos servirá amanhã.
    E apesar de publicitária, reconheço a parcela de culpa da minha profissão por isso tudo.
    Bjusss
    Ótimo post.

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  3. Os brasileiros possuem uma capacidade admirável de recombinação e reutilização, a pobreza forçada por anos de rescessão foi o professor dessa tendência. Hoje, nossa criatividade supera todas as expectativas. Entretanto, devemos repensar e redesenhar o consumo imposto pela produção em massa...
    Adorei seu blog, visitarei sempre.
    Acredito que você fará um excelente mestrado. Parabéns!

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  4. perigo : compras a fazer ! kkkkk , bom , eu 'acho' que nao consumista descontrolada , e acho estranho quem nao controla . Roupas sao necessarias e elas nos chamam!e como rsrs , basta
    ser forte o bastante (90% de chance de conseguir) e dizer um RELAX . =p adorei aqui , bjo

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