Quando
eu decidi voltar pro Brasil (e pra quem não sabe, já fui, mudei de ideia e já
voltei), eu tomei também a decisão de fazer uma das coisas mais incríveis da
minha vida: um mochilão (ou quase, já que a bagagem era de rodinhas) de trem
pelo Leste Europeu. Após quatro anos morando em Milão, era inconcebível a ideia
de voltar pro Brasil não tendo conhecido lugares tão próximos que eu sempre
quis ver como Viena, Bratislava, Cracovia, Praga, Berlin e Amsterdam (saltei
Budapeste porque havia passado um fim de semana lá, aproveitando uma promoção
de passagem aérea com uma amiga).
Na
verdade, conhecer o Leste Europeu era um sonho antigo, mas nunca levado até o
fim pela dificuldade de encaixa-lo em minha rotina profissional. Também não via
muita logica em fazer um pais a cada fim de semana, pois viajar assim, pode ser
mais pratico por não atrapalhar o trabalho, mas custa bem mais caro, além de
ser um bate e volta infinito. O que mais fazia sentido na minha cabeça, era
mesmo um roteiro com um trajeto que me favorecesse também geograficamente.
Escolhi
fazer essa viagem de trem, pois sairia mais barato do que faze-la de avião,
além de possibilitar otimizar o meu tempo. Tudo pesquisado e calculado na ponta do lapis. Os destinos não eram tão próximos
assim, mas o fato das estações de trem se localizarem geralmente no centro das
cidades ajuda bastante e, assim, busquei por hotéis fáceis de se chegar a pé
ou acessíveis com os meios de transporte publico.
No
planejamento da viagem, soube do InterRail, um passe para residentes na Europa,
que possibilita viajar por até 30 países, pagando taxas únicas de acordo com a
quantidade de países e dias no roteiro. Para não residentes na Europa, existe o
Eurail, um pouquinho mais caro, mas igualmente interessante. A única condição é
que os países visitados façam fronteira, pois assim você não desperdiça um pais
do passe, sem te-lo visto fora do trem.
Decidi
assim pelo
passe de 10 países em 22 dias.
Meu roteiro:
Viena,
Bratislava, Cracovia, Praga, Berlin e Amsterdam.
Observações:
Na compra do bilhete
InterRail, é possível escolher quantos dias de viagem você usará o passe, se 10
dias em 2 meses, 15 dias em dois meses ou todos os dias por 15, 21, 30, 60 ou
90 dias. É importante atentar que um dia de viagem não significa uma viagem de
trem – nesse dia, você pode pegar quantos trens quiser. E os trens noturnos,
que começam depois das 7 da noite, já contam como o dia seguinte.
Não é possível
utilizar o passe em seu pais de residência, por isso decidi começar a viagem
pela Suíça, que era o ponto no exterior mais próximo a Milão.
Para menores de 25 anos, os preços são mais baixos.
Vantagens:
Sai mais
barato comprar o passe do que as passagens avulsas;
No meu
caso, saiu mais barato também que ir de carro;
Poder
mudar de ideia, de destino e de horário;
Poder
fazer quantas conexões forem necessárias para se chegar ao destino desejado.
Preste
atenção:
Se realmente
convém fazer o seu roteiro com esse passe ou com passagens avulsas;
Calcule
com antecedência;
Controle
horários e conexões;
Para ver os horários e preços, clique aqui.
Para
trajetos dentro de um pais como a Itália, se compradas com antecedência, as
passagens podem sair muito mais baratas que um dia de Eurail Ticket;
Em alguns
países, é preciso reservar um assento (e pagar uma taxa a mais);
Lembre-se de levar em conta o retorno e o pais de onde começa a viagem (no meu caso, precisei pagar à parte a viagem de Milão à Suiça para, então, começar a utilizar o passe).
E voces, gostam de viajar de trem ou preferem avião? Fariam algo assim?
amei
ResponderExcluirAdorei :-)
ResponderExcluiradoreeeeeei <3 já salvei nos favoritos e me programar com minha mãe para fazer em 2015 <3 o melhor post que li hoje :) quero conhecer alguns países que você tbm conheceu rs
ResponderExcluir~ youtube.com/vlogdocadinho ~ ficarei grato se você se inscrever :)